QUALIFICAÇÃO DE MESTRADO

Autor (a): Nathaly Cristine Leite Rocha

Título: APRENDIZAGEM DE MÁQUINA APLICADA À ORGANIZAÇÃO DE DOCUMENTOS DIGITAIS: CURADORIA POR ANOTAÇÕES DIGITAIS”

Horário: 14:30

Data: 16/05/2023

Composição da banca:

Prof. Dr. Dalton Lopes Martins - Presidente - (UnB/PPGCINF)

Profa. Dra. Cynthia Roncaglio - Membro Interno - (UnB/PPGCINF)

Prof. Dr. Tiago Emmanuel Nunes Braga - Membro Externo - (IBICT)

Prof. Dr. João de Melo Maricato - Suplente (UnB/PPGCINF)

Local: Sala 213 FCI (Sala de desfesas)

Resumo:

O estudo proposto se insere no campo da organização da informação, importante área de estudo no contexto da Ciência da Informação, e mais especificamente na dimensão temática da organização da informação, que segundo Café e Sales (2010), se preocupa com os conteúdos informacionais, dimensão esta notada nas práticas de catalogação de assuntos, classificação, indexação e análise documental.
Ancorado também na importância da automatização dos processos documentais devido ao grande número de documentos existentes atualmente, o trabalho proposto busca investigar maneiras para que estes processos sejam executados de forma eficiente com base nos princípios informacionais já estabelecidos e conhecidos através da ampla literatura da Ciência da Informação, de modo que possa complementar o trabalho intelectual humano empreendido em tais processos, corroborando para a criação de ferramentas informacionais que contribuam com os objetivos gerais da organização da informação e também da CI, de modo mais amplo.
Na medida em que a tecnologia dispõe de ferramentas para automatização de processos antes realizados por humanos, entender como o processo de indexação pode ser realizado com aparato de ferramentas computacionais pode nos aproximar de diferentes perspectivas daquelas enfrentadas por indexadores humanos. Lancaster (2004) aponta a importância de levar em consideração o interesse do usuário ao realizar a indexação temática, visto que não existe um conjunto correto de termos pré determinados para indexar um documento, bem como diz que um mesmo documento poderá ser indexado de diversas maneiras a depender do usuário e/ou grupo de usuários aos quais se destina o documento indexado. Visto isso, considera-se a proposta de investigar o uso de anotações digitais realizadas pelo leitor em documentos para a realização de indexação temática condizente com o que se menciona neste parágrafo, considerando que este seja um dos princípios básicos da indexação para o autor citado.

Palavras-Chave: aprendizagem de máquina, indexação automática, serviços de informação.

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Aluno (a): Gabriela Tyemi Kaya

Título:DO DIREITO À INFORMAÇÃO À AUTODETERMINAÇÃO INFORMATIVA? SUJEITOS INFORMACIONAIS NA LAI E NA LGPD .

Data: 18 de maio de 2023

Horário: 09h00

Composição da banca: 

Profa. Dra. Georgete Medleg Rodrigues- Presidente - (UnB/PPGCINF) 

Prof. Dr. Rodrigo Rabello da Silva - Membro Interno - (UnB/PPGCINF) 

Profa. Dra. Mônica Tenaglia - Membro Externo - (UFPA) 

Profa. Dra. Dirlene Santos Barros- Suplente (UFMA)

Local da realização da banca: Faculdade de Ciência da Informação, sala 213 (https://join.skype.com/mrlzaVdjlK62).

Resumo: Promulgadas como lei federal, respectivamente, em 2011, a Lei de Acesso à Informação (LAI) e, em 2018, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), ambas têm como denominador comum o objetivo de regulamentar o acesso às informações no Brasil. Esta dissertação tem como objetivo geral identificar na LAI e na LGPD referências aos sujeitos informacionais visando analisar as interseções e/ou diferenças na forma com que esses sujeitos são apresentados nas duas leis. A hipótese norteadora da pesquisa é a de que as duas leis pressupõem um sujeito informacional, sendo um no domínio coletivo (LAI) e o outro no âmbito individual (LGPD). O corpus da pesquisa compreendeu projetos de lei e a legislação definitiva sobre a LAI e a LGPD, bem como entrevistas com pessoas selecionadas. Os procedimentos metodológicos consistiram no levantamento da legislação pertinente para identificar como o sujeito informacional aparece em ambas as leis; levantamento de nomes de pessoas envolvidas diretamente nos projetos das duas leis; elaboração de um roteiro de entrevista semiestruturada e realização das entrevistas. Os dados da pesquisa foram analisados segundo a proposta de análise de conteúdo de Laurence Bardin (1977), compreendendo três etapas básicas: pré-análise, exploração do material e tratamento e interpretação das informações. Conclui-se que os sujeitos informacionais nos textos da LAI e da LGPD são distintos. No caso da LAI, ele é referido como “interessado” e “requerente”, descrito como um sujeito que acessa, averigua e demanda informações públicas. Por sua vez, na LGPD, tem-se um sujeito “titular” e “singular”, que consente ou não sobre o acesso e uso de suas informações. Assim, numa perspectiva comparativa, constata-se a construção de um sujeito coletivo e ativo no papel de cidadão, no caso da LAI, e um sujeito individual e passivo, cujo papel é o de consentir ou não, retificar, ou negar o acesso e uso de suas informações pessoais. Ao final, questiona-se em que medida se pode afirmar que há uma autodeterminação informativa do titular dos dados pessoais como prevê a LGPD.

Palavras-Chave:Lei de Acesso à Informação. Lei Geral de Proteção de Dados. Sujeito informacional. Autodeterminação informativa.

QUALIFICAÇÃO DE DOUTORADO

Autor (a): Luis Felipe Rosa de Oliveira

Título: Agregação de acervos digitais culturais: entidades vinculadas à Secretaria Especial de Cultura do Brasil

Horário: 09h00

Data: 02/05/2023

Composição da banca:

Prof. Dr. Dalton Lopes Martins - Presidente - (UnB/PPGCINF)

Prof. Dr. João de Melo Maricato - Membro Interno - (UnB/PPGCINF)

Profa. Dra. Daniela Lucas da Silva Lemos - Membro Externo - (UFES)

Prof. Dr. Marcio de Carvalho Victorino - Suplente (UnB/PPGCINF)

Videoconferência: https://join.skype.com/mFbAII1I4uck

Resumo: 

A possibilidade de publicação de acervos digitais culturais na internet adiciona diferentes características às práticas informacionais de consumo dos objetos dos acervos. As tecnologias digitais atualmente disponíveis permitem diferentes camadas de reuso desses objetos, inclusive camadas que promovem a otimização da forma como a informação é disponibilizada no contexto da cultura digital, como o serviço de agregação de acervos digitais provenientes de diferentes instituições de memória, esse serviço atende à uma necessidade básica da ciência da informação, facilitar o acesso e a recuperação da informação, uma vez que a as instituições de memória publicam seus acervos de maneira individual, mesmo que pertencentes à um mesmo contextual cultural nacional, estão separados e disponíveis nos sites de suas instituições. Nessa problemática, esta pesquisa almeja estudar como propor uma estratégia de agregação dos acervos digitais publicados na internet das instituições vinculadas à Secretaria Especial de Cultura. Dentro do escopo de pesquisa de estudo de caso, a metodologia proposta percorre três etapas, um diagnóstico de potenciais acervos digitais dos sites oficiais dessas instituições culturais, uma etapa de coleta amostral dos potenciais acervos encontrados na primeira etapa, e por fim uma etapa de proposta de um protótipo de agregação dos acervos. No momento, a pesquisa apresenta como concluídas as duas primeiras etapas, indicando como já esperado, uma grande fragilidade na padronização da organização da informação e dificuldade na coleta dos dados dos objetos dos acervos entre as instituições pesquisadas, o que denota alguns obstáculos para a implementação de um serviço nacional de agregação de acervos culturais. Espera-se que, com a execução das próximas etapas, mais evidências sejam reveladas para auxiliar a traçar quais ações podem ser tomadas para contribuir com um cenário ideal de agregação dos acervos.

Palavras-Chave: serviço de agregação; acervos digitais; objetos digitais; secretaria especial de cultura. 

Qualificação de Doutorado

Autor (a): Cássio Murilo Alves Costa Filho

Título: Entre o ser moderno e o devir contemporâneo: implicações das dimensões espaço e tempo na (re)configuração teórica e metodológica da Arquivologia

Horário: 15H00

Data: 18/05/2023

Prof. Dr. Renato Tarciso Barbosa de Sousa - Presidente - (UnB/PPGCINF)

Prof. Dr. Rogério Henrique de Araújo Júnior- Membro Interno - (UnB/PPGCINF)

Prof. Dr. Paulo Roberto Elian dos Santos - Membro Externo - (Fiocruz)

Prof. Dr. Dalton Lopes Martins - Suplente (UnB/PPGCINF)

Vídeoconferência: https://join.skype.com/eUAtU9pSheqo

Resumo: A pesquisa investiga como o discurso da Modernidade, sobretudo sua noção espaço-temporal, está incutido na Arquivologia, e busca sistematizar subsídios teóricos que apontem para a formulação de regras compatíveis com a dinâmica complexa da contemporaneidade. O trabalho está estruturado em duas partes: a primeira identifica no processo de configuração teórica e metodológica da Arquivologia preceitos atinentes ao modelo de ciência e de visão de mundo inerentes à Modernidade, busca reconhecer indícios da noção de espaço e tempo moderna nos discursos legitimadores da Arquivologia e analisa de que modo esses reverberam no delineamento de seus fundamentos basilares;a segunda analisa o panorama complexo da contemporaneidade de modo a assimilar suas configurações espaço-temporais, com o intuito de identificar referenciaisque permitam a reinterpretação de metanarrativas e fundamentos da Arquivologia, a fim de contribuir para a formulação de regras congruentes ao novo jogo. A metodologia empregada é de natureza teórica, com abordagem qualitativa e de caráter exploratório-descritivo. Os procedimentos metodológicos utilizados são levantamento, revisão e análise bibliográficos. O desenho teórico-metodológico está estruturado a partir da proposta da história cruzada, que possibilita a análise das fontes bibliográficas à luz de um referencial teórico composto pelas perspectivas arqueológica, hermenêutica e epistemológica. A pesquisa verifica que a modernidade inaugura um campo discursivo comumacerca do espaço e do tempo e que o Estado e a ciência figuram como fundamentais na instauração do projeto moderno. Constata que o conhecimento arquivístico tem suas raízes na burocracia estatal e que a ciência moderna imprime no discurso da Arquivologia características próprias. Conclui que os fundamentos da Arquivologia são guiados pelo ideal de verdade moderno, baseiam-se no método científico e no racionalismo cartesiano, bem como recebem influências diretas da metodologia das ciências naturais. Verifica que a noção espacial moderna é baseada na objetividade, verossimilhança e imparcialidade, que promovem um padrão dominante de representação apoiado em medidas quantificáveis e formas geométricas. No âmbito da Arquivologia, o espaço atua como um fator determinante para a institucionalização dos documentos, sendoa custódia um requisito fundamental para a conferência de autenticidade aos documentos de arquivo. A noção de temporalidade é erigida pela concepção de um tempo universal, absoluto, unidirecional e irreversível, que flui em um curso uniforme e ininterrupto, de modo homogêneo e linear.Impressões da noção de temporalidade moderna se inscrevem tacitamente no discurso arquivístico, destacando-sea compreensão do presente e do passado, bem como suas relações com o conceito de memória, e a utilização de metáforas biológicas para o desenvolvimento de modelos de gestão de documentos. Na contemporaneidade, o mundo atual apresenta uma complexidade que desafia os pressupostos teóricos e epistemológicos consolidados durante o período moderno. A pesquisa verifica que essas mudanças exigem uma revisão da visão tradicional de ciência e Estado, bem como da compreensão tradicional de espaço e tempo. A noção de espaço é substituída por uma concepção mais fluida e dinâmica. Da mesma forma, a noção de tempo é influenciada pela sensação de aceleração e fragmentação produzida pelo ciberespaço.Nesse contexto, a pesquisa busca fornecer subsídios teóricos necessários à sistematização de novas regras que sejam compatíveis com a dinâmica complexa da contemporaneidade. Para isso, são eleitos como referenciais a noção de multiverso arquivístico, os conceitos de autonomia arquivística e arquivos participativos, as abordagens de proveniência múltipla e paralela e a noção de ambientes distribuídos.A pesquisa conclui que é possível formular regras compatíveis com a dinâmica complexa da contemporaneidade desde que considerados referenciais aderentes à perspectiva contemporânea de espaço e tempo.

 Palavras-Chave:  Espaço. Tempo. Modernidade. Contemporaneidade.